Capitulo 7 - 1956 a 1960

Em 1956, foi feita a terceira viagem a Minas Gerais, mesmo sem a presença dos dois filhos mais velhos, Aldo e Madalena, causada pelo motivo de estarem estudando no colégio interno. Foi uma boa viagem, aproveitaram muito, tudo sendo mais fácil. Indo de ônibus até Goiânia e de trem de ferro até Araguari-MG. O restante da viagem era de ônibus. Visitaram todos os familiares.

Em 24 de novembro de 1956, foi o grande dia. O dia da formatura de primeiro grau de seus dois filhos Aldo e Madalena. O retorno deste último ano do colégio foi comemorado com muita alegria.

     Em 1956, João Firmino conseguiu adquirir uma propriedade, em uma região por nome de fazenda Santa Marta, localizada apenas a oito km de Iporá. Toda família ficou muito contentes com a aquisição. Mas, havia muito trabalho a ser feito.

Geraldo, Madalena, Joãozinho, Helena e Aldo. 1957


Em 1958, Sebastiana transferiu-se para Iporá, porque além de Aldo, tinham também os outros filhos: Madalena, Geraldo, Maria Helena e Joãozinho. Foi neste ano, em 13 de julho, que nasceu o nono filho do casal, Firmino João da Silva. Com transferência de sua mãe para a cidade, Aldo, resolveu continuar morando com seu pai na fazenda.
    Aldo tinha parado de estudar, achou melhor ajudar seu pai na fazenda, dando oportunidade para os mais novos de estudar. Aldo foi trabalhar na fazenda antiga lá no Córrego Seco, cuidando do gado, tirando leite para ser desnatado, vendia o creme e aproveitando o leite desnatado “soro” para fazer requeijão ou dar aos porcos.
     Posteriormente surgiu outra área de terra para ser vendida. Junto com a de Santa Marta, terra melhor do que a do Córrego Seco. Então, João Firmino não pensou duas vezes. Vendeu a do Córrego Seco e comprou a área na Santa Marta. Todo o gado foi transferido para a nova fazenda.
   Em 1959, surge uma nova oportunidade na vida do casal. Compraram outra gleba de terra, na fazenda Matrinchã, distante de Iporá trinta km. (hoje com a rodovia 22 km) de Israelândia apenas seis km. Para ir até a fazenda, teria de ser de carro-de-bois ou a cavalo.
  Era terra bruta. Tudo teria que ser feito. Não tinha nem casa. O dono da terra, o Sr. Cardoso, morava em Brasília. João Firmino, não tendo todo o dinheiro para pagar a terra, ganhou um prazo de um ano para o pagamento.
    Em julho de 1960 foi o período do pagamento ao Sr. Cardoso que morava em Brasilia.O dinheiro teria que ser levado ate lá.
    Já tendo se passado quatro anos da terceira visita de João a seus pais, também Aldo e Madalena só tinha participado da primeira em 1945 e da segunda que foi em 1952, não tendo participado da terceira em 1956 pelo motivo de estar no colégio interno.
  João Firmino querendo aproveitar a oportunidade de ter que ir ate Brasília , resolveu chegar também à casa de seus pais e levando apenas os dois filhos com ele.
  Não foi levando a Sebastiana com os outros porque João Firmino teria que voltar imediatamente. Aldo e Madalena foram primeiro que o pai até Goiânia, ficando quatro dias a mais que ele, e  o aguardando para seguirem viagem para Brasilia.
   Permaneceu por quatro dias na companhia dos filhos de Dona Noêmia, ela que era comadre de João Firmino e Sebastiana, eles sendo padrinhos de batismo de sua filha a Darci. Era uma amizade de longos anos desde 1941, lá da fazenda São Bento em Itaberaí.  Esta amizade nunca foi desfeita, passando de pais para filhos.
  Foram muito bem recebidos por esta família, tiveram a oportunidade de conhecerem o zoologico da cidade, chamado Orto. E pela primeira vez jantaram em uma churrascaria. Tudo foi maravilhoso.
  Passando também por Brasília, a nova capital federal sendo o ano de sua inauguração. Onde tinham que fazer o pagamento da fazenda Matrincham para o senhor Cardoso.
  Passando por Paracatu, Presidente Olegário onde estudava os filhos do Geraldo Tombado, Patos de Minas, Lagoa Formosa e chegando até Carmo do Paranaíba. Foram muitas as novidades, um grande passeio. Ficando um mês, voltando muito contentes.
   No ano seguinte 1961 em 23 de outubro nascem Augusto César da Silva, sendo o décimo e último filho do casal, João Firmino e Sebastiana.
    Continuando com as duas fazendas, Aldo trabalhava na de Santa Marta e o pai trabalhando e dando assistência nas duas.
   Depois do ano de 1960, quando em julho, Aldo e Madalena ficando quatro dias em Goiânia na companhia da família de dona Noêmia, Aldo gostou tanto daqueles dias que passou na cidade, que depois de tanto pensar e planejar, e querendo uma vida diferente da fazenda em 2 de janeiro de 1962 o grande acontecimento, deixou a fazenda de seu pai e partiu para Goiânia com o objetivo de retornar os estudos e tentar uma vida na cidade.
  João Firmino e Sebastiana apoiaram pois queriam ver o filho progredir nos estudos e na vida.