Capitulo 5 - 1945 a 1952

   Com a chegada também dos “goianos”, a festa foi aumentada. Todos ficaram muito alegres, tanto quem chegou, quanto para os que estavam recebendo as visitas. O Aldo estava com quatro anos e a Madalena dois. Era dia de lua cheia, estando uma noite clara suas tias a Mariquinha com quinze anos a Divina com doze ficaram tão contentes que levou o Aldo para ver um pé de laranja carregado com muitas frutas, ficando gravado na memória do sobrinho por toda vida.
   Foi um mês de festa. Aldo tinha o cabelo grande e foi lá que cortou pela primeira vez. No final do mês, foi à época do retorno. O dia da despedida foi com muita choradeira.
    Na viagem de volta, partiram de Carmo do Paranaíba de Jardineira até Patos de Minas de onde seguiu até Araguari pegando o Trem de Ferro com destino a Goiânia. De Goiânia, partiram de caminhão até próximo à fazenda do senhor José Velho onde estavam seus cavalos que foi o meio de transporte para o restante da viagem até Itajubá. Foi uma viagem inesquecível para todos principalmente para  Aldo que nunca esqueceu.
   Neste mesmo ano, surgiu uma grande oportunidade para esta família. Israel de Amorim, que era o chefe político da cidade ficou sabendo que, João Firmino pretendia adquirir uma propriedade. E  foi-lhe oferecer uma área de terras na cabeceira do Córrego Seco, próximo a de seu irmão, distante poucos km da cidade.
   Pegando no negócio um pouco de dinheiro e o restante em “tramas”, entrando até um revólver. Em 1945 dois grandes acontecimentos a ida em Minas e a aquisição da terra tão desejada.
    Após a compra do terreno, foram logo construindo uma modesta casa e mudando para ela. No dia 9 de junho de 1946, já morando em sua sede própria, nasce o terceiro filho do casal, Geraldo João da Silva.
    O casal trabalhava muito, aumentando suas criações dia-a-dia, entre gados, cavalos, porcos, galinhas, carneiros, cabritos etc... Procuravam ter de tudo no sítio. Tirava leite, fazia queijo e requeijão, colhiam ovos, tinha frangos e produzindo de tudo que podia na fazenda e sendo levado para a cidade onde seria vendido ou trocados pelas as coisas que precisavam na fazenda.
     A Sebastiana tinha uma máquina de costura com a  marca Singer de colocar sobre a mesa. Nesta máquina mesmo não tendo aprendido o corte de costura ela costurava todo os vestuários da família e quando tinha tempo costurava para os vizinhos. Quando alguém não tinha dinheiro e  a costura era calça para adulto seria pago com o fregues trabalhando um dia na fazenda.
     Em 09 de julho de 1948, vem o quarto filho, uma moça, Maria Divina. Mas quando ainda pequenina foi acometida por “crupe”, doença que hoje é combatida por intermédio de vacinação, no entanto, naquela época, em nossa região, não tinha tratamento adequado e, por isso, foi levada para o Oriente Eterno.
     O sítio ia muito bem, aumentavam as criações e, em 07 de março de 1950, nasce o quinto filho do casal, uma moça, Maria Helena.
      Em 1951, Sebastiana e os filhos, por motivos escolares, foram morar na cidade, a qual já tinha sido emancipada, também mudada de nome, de Itajubá para Iporá.
     Em 05 de agosto de 1951, nasce o sexto filho do casal, João da Silva Filho.



1951- Aldo sendo candeeiro do pai, João Firmino 
que era o  carreiro.


      Em novembro de 1951, no período de férias escolar, Sebastiana e os filhos foram para fazenda e, só retornaram para a cidade no período de aulas.
      Em 1952, já tendo passado sete anos da primeira viagem do casal a Carmo do Paranaíba e, estando com cinco filhos (Sendo pais de seis, mas, tendo perdido a Maria Divina para o oriente eterno), resolveram aproveitar o mês de julho, período de férias escolar, para ir ate lá. Aldo tendo onze anos e ainda não era crismado e sendo seus padrinhos os avôs Firmino e Maria.
     Nesta viagem João e Sebastiana levando os filhos que já eram conhecidos por todos os parentes, e levando os outros: “Geraldo, Maria Helena e Joãozinho” para ser apresentado para todos. Também tendo o objetivo de Crismar o Aldo, que teria como padrinhos seus avôs Firmino e  Maria. Também, rever os parentes com eles, levando também sua sobrinha a Brasilina (Fia) sendo a filha mais velha de José Firmino.